Nesse primeiro trimestre, o crescimento econômico dos EUA desacelerou bruscamente, atingindo o ritmo mais lento em dois anos. Esse ritmo é consequência do enfraquecimento nos gastos dos consumidores e da forte cotação do dólar, o que mina as exportações. Mas um reaquecimento é esperado, graças a um mercado de trabalho dinâmico.
O PIB cresceu 0,5% por ano, o crescimento mais fraco desde o primeiro trimestre de 2014, informou Departamento do Trabalho nesta quinta-feira em sua estimativa prévia. O crescimento também foi dificultado pelas ações de empresas que intensificaram esforços para reduzir a mercadoria paradas em seus armazéns.
O petróleo barato, que tem diminuído as margens de lucro de petroleiras como Schlumberger e Halliburton, continua a pesar e faz despencar os gastos das empresas no ritmo mais acelerado desde o segundo trimestre de 2009, quando a recessão terminou.
Quase todos os setores da economia saíram enfraquecidos do primeiro trimestre, exceto o setor de habitação.
A recuperação do dólar parece estagnada, o preço do petróleo parece estabilizar-se e as empresas já fizeram a maior parte da liquidação de estoque. Além disso, o mercado de trabalho continua bastante robusto.
Um outro relatório do Departamento de Trabalho mostrou que o nível de novos pedidos de auxílio desemprego subiu menos que o esperado na semana passada.
No primeiro trimestre, o aumento na oferta de empregos atingiu a média de 209 mil novos empregos por mês.
Embora o Federal Reserve tenha reconhecido nesta quarta-feira a "desaceleração" da atividade econômica, também afirmou que as condições do mercado de trabalho haviam "melhorado ainda mais." O banco central norte-americano considera que as ameaças da economia mundial e dos mercados financeiros diminuíram.
O Fed manteve sua taxa de juro overnight inalterada e sugeriu não ter pressa para contrair a política monetária ainda mais. Em dezembro, o Fed subiu a taxa pela primeira vez em quase uma década.
Economistas haviam previsto o crescimento da economia a uma taxa de 0,7% no período janeiro-março, depois de haver crescido a 1,4% no quarto trimestre.
Mercados financeiros dos EUA foram pouco afetados pelos dados, enquanto investidores digeriam a decisão do Banco do Japão de adiar o aumento do estímulo monetário. O dólar caiu em relação ao iene e ações dos EUA sofreram leve desvalorização. Os títulos da dívida do governo dos EUA também sofreram desvalorização.