O dólar recuou em relação a seus principais rivais na sexta-feira, reduzindo seus ganhos do início da semana, enquanto investidores esperavam com ansiedade pelo relatório do Departamento do Trabalho sobre os ganhos do mercado de trabalho em abril.
Os investidores estão preocupados depois do relatório sobre a situação do emprego no setor privado da Automatic Data Processing Inc., um outro indicador do mercado de trabalho, que apresentou um crescimento insignificante de apenas 156 mil postos de trabalho, sua estimativa mais fraca desde fevereiro de 2014.
Dados sobre emprego são vistos como um componente chave de qualquer decisão do Federal Reserve sobre aumentar as taxas de juros, mas alguns acham que um relatório demonstrando forte crescimento este mês pode não ser suficiente para incentivar um aumento da taxa na reunião de junho do Fed. Outros indicadores, incluindo crescimento da economia e de produtividade, foram inesperadamente fracos nos últimos meses.
O aumento da contratação no mês passado foi o menor desde setembro. A criação de emprego desacelerou para uma média de 200 mil nos últimos três meses se comparado com uma alta de 282 mil por mês no quarto trimestre, a mais elevada em cinco anos.
Mas nem tudo são más notícias. A média dos salários subiu 0,3%, para US$ 25,53/hora. A hora trabalhada subiu 2,5% nos últimos 12 meses, refletindo um mercado de trabalho apertado em que mais e mais empresas afirmam ter dificuldade de encontrar trabalhadores devidamente qualificados.
Os EUA cresceram apenas 0,5% nos primeiros três meses de 2016, o ritmo mais lento em dois anos. Quedas nos níveis de exportação e do investimento empresarial pesam sobre a economia, enquanto um breve, mas acentuado, declínio nos mercados acionários globais nos EUA prejudicou a confiança dos consumidores e das empresas.
Talvez a maior ameaça esteja no declínio dos lucros corporativos. As empresas estão sendo pressionadas e talvez procurem estabilizar seus custos com cortes nas contratação.
Todavia, as aberturas de vagas de emprego estão próximas de uma alta recorde. Uma forte recuperação nas vendas de automóveis em abril sugere que os consumidores ainda estão confiantes. As empresas não deverão manter os cortes nas contratações se as vendas continuarem a subir.