A presidente do Brasil, Dilma Rousseff, expressou neste Domingo (18) seu apoio ao atual ministro das Finanças, Joaquim Levy, e disse que o governo irá continuar a somar esforços para realizar medidas de austeridade fiscal mediante a aprovação do Congresso brasileiro.
" O ministro das finanças permanece " , disse Rousseff aos repórteres durante uma visita à Suécia, em uma sequência de perguntas pela mídia brasileira à respeito da continuidade ou não da permanência do ministro no seu atual cargo político.
Os comentários de Rousseff, uma política esquerdista, pretende contradizer as críticas contra Levy por muitos funcionários que trabalham no Partido dos Trabalhadores. A presidente luta para reanimar uma economia atualmente em sua pior recessão em quase três décadas.
Levy, um ex-banqueiro procurando introduzir medidas de austeridade necessárias para reequilibrar as contas do governo , enfrenta crescentes críticas dos atuais dirigentes do Partido dos Trabalhadores que se opõem às medidas de estímulo econômico.
Em seus comentários aos repórteres em Estocolmo, Rousseff disse que sua reunião com Levy na Sexta-Feira (16) foi uma discussão sobre como avançar com as políticas econômicas necessárias para o reequilíbrio fiscal; ao contrário de uma conversa, como esperava o mercado, sobre sua possível demissão.
O Congresso brasileiro tem sido relutante em aprovar a subida dos impostos sobre as transações financeiras, consideradas necessárias ao aumentar a receita federal que despencou nos últimos anos.
Neste domingo, o jornal da Folha de S. Paulo publicou uma entrevista em que Rui Falcão, presidente do Partido dos Trabalhadores, fala que Rousseff deve se afastar do impulso de austeridade e que Levy deve deixar seu cargo caso não concordasse com esta idéia.