A reunião do comitê de políticas monetárias (FOMC) realizada nesta Quarta-Feira (dia 28) demonstrou sua satisfação com as expansões feitas no mercado de trabalho americano (labor market) além de revisar os avanços que a economia estadunidense vem experimentando após o encerramento do programa de estímulos monetários, ou Quantitative Easing. A tonalidade da leitura celebrada pela presidente do Fed, Janet Yellen, favoreceu uma tendência fortemente positiva (ou "hawkish") para a moeda americana (USD).
O mercado espera que o FED somente eleve as taxas de juros no país em meados de Setembro, ou seja, somente no final do segundo semestre de 2015.
Deveríamos considerar que a nova rodada de estímulos monetários promovidos pelo BCE (Banco Central Europeu) pode retardar as políticas do FED.
O banco central reconheceu que a inflação declinou e poderia permanecer diminuindo em curto período de tempo, embora o alvo inflacionário
estabelecido seja de 2%. Ademais, o barateamento do preço da energia contribuiu positivamente para o consumo interno.
Consequentemente, observamos que o dólar americano disparou contra outras moedas como NZD, AUD e BRL no mercado de câmbio.
O par de moeda EUR/USD não seguiu movimento descendente, sendo negociado acima de US$1.13, após atingir uma zona de resistência de US$1.11.
Observamos que o preço de commodities como Ouro foi largamente vendido graças a forte influência do dólar. Neste momento, o metal amarelo
está sendo negociado abaixo de $1270 uma onça, após ter atingido uma zona de resistência de $1302 uma onça.
Em suma, há três motivos proeminentes que suportam a ideia de aumentar a taxa de juros pelo FED ( hike rates ) : inflação baixa, dólar forte e
composição de anúncios mais positivos em 2015.