A chanceler alemã, Angela Merkel, vai conversar com o primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, na sexta-feira (16), um dia depois da cúpula dos líderes da União Européia em Bruxelas, disse uma porta-voz do governo nesta segunda-feira (12).
Um porta-voz disse que Merkel e Tsipras lerão declarações antes da reunião, que não será seguida por uma coletiva de imprensa.
"Os temas estão ligados às negociações (de paz) em Chipre, a situação dos refugiados, as relações entre a UE e a Turquia, e naturalmente a situação econômica e financeira da Grécia", disse Ulrike Demmer numa conferência de imprensa regular do governo.
Um país endividado como a Grécia , que está em seu terceiro plano de resgate internacional desde que a crise econômica começou em 2010, está em desacordo com os financiadores em relação aos objetivos fiscais e ao alcance das reformas necessárias para concluir sua última revisão sobre o progresso da ajuda (chamado de Bailout).
Questionado se o ministro alemão das Finanças, Wolfgang Schaeuble, acusado por muitos na Grécia de impor medidas severas de austeridade em seu país, também se encontrou com Tsipras, Demmer disse: "A reunião será entre o Sr. Tsipras e o chanceler".
A Grécia, que recebeu na semana passada o alívio da dívida de curto prazo por parte de seus parceiros da zona do euro, espera que um acordo com seus credores possa permitir sua inclusão no programa de compra de ativos do Banco Central Europeu até a primavera de 2017. Isto abriria portas para que o mercado grego rivalize com outros mercados estrangeiros.
O ministro das Finanças da Grécia, Euclid Tsakalotos, disse à Reuters nesta segunda-feira que Atenas quer finalizar seus débitos com os credores por meio do "compromisso honesto", indicando uma vontade de dar terreno à reforma. Mas advertiu que a inflexibilidade de sua parte poderia inflamar o sentimento anti-europeu.
O Fundo Monetário Internacional, que disse que a dívida Grega é insustentável, vai decidir sobre a sua participação no programa de resgate, uma vez que uma segunda revisão do seu progresso econômico é complementada pelos credores.