Depois de meses de espera, o balanço patrimonial do terceiro trimestre de 2014 da Petrobras foi avaliado em uma perda de
R$86.600.000.000,00 reais! Alguém consegue ler esse número...?
A maior empresa de Petróleo do Brasil já foi elogiada por muitos como o investimento mais seguro a ser realizado com a descoberta
do pré-sal. Na época , o preço do barril do petróleo era negociado em US$150. Após o gigantesco escândalo de corrupção (Lavo Jato) e falta de gestão corporativa,
o preço do barril valia cerca de US$45.
As ações da companhia estão enfrentando pressões de venda, sendo negociadas em R$8.60 reais, um histórico recorde de baixa somente
vista 11 anos atrás.
Os papéis preferenciais já conseguiram atingir seu valor máximo em 21 de Maio de 2008, sendo avaliadas em R$40.27 reais (considerando ajuste de dividendos). Observarmos
que a depreciação atual foi calculada em 78.27%.
O jornal britânico Financial Times (FT) cobrou explicações de Dilma Rousseff sobre o que ela sabia a respeito dos escândalos além de apontar
maior rigorismo com os diretores da empresa.
Afirma o Financial Times, "é sistêmico para a economia brasileira e ameaça derrubar seu governo. A Petrobras é grande demais para falir. Mas também é muito corrupta para continuar como está."
A petrolífera ameaça o futuro profissional de muitos estudantes que estão ingressando no mercado de trabalho após cancelar a construção de refinarias no Nordeste.
Ademais, o custo de um suporte financeiro provocaria uma perda do grau de investimentos no Brasil, prejudicando a imagem do mercado de capitais
do país além de deteriorar os custos de empréstimos para outras empresas brasileiras.
Quem comprou ações preferenciais em alta devem está sentindo o peso do arrependimento, mas com alguma sorte os preços poderão subir em algum dia e, finalmente vendê-los
com menor prejuízo.